Haha. Até que enfim algo em que todos deveriam se orgulhar. Há tempos este planeta está murcho de revoltas populares significativas; normalmente as pequenas revoltas são sufocadas pelo poder dominante da região, que normalmente é o poder político.
Há tempos o Brasil não vê estudantes nas ruas. Nos centros estudantis o papo é sobre cinema, festas... e a prática é sinuca e baralho. Será que não existem mais jovens como os de antes? Duvido, pois jovem é jovem, e estes só não se sacodem devido a não enxergarem um palmo à frente de seus narizes. Culpa de quem? essa é outra história.
Pobre Brasil, pobre mundo que camufla sua podridão e sua ruína com medidas paleativas, através de reformas que não existem, programas que não funcionam e soluções desesperadas, e quando se fala em reforma do ser humano, dizem que é papo de budista.
Pasmem meus colegas, pois, esta revolta popular egípcia nada mais é do que o resultado do que vemos todos os dias. Não é por eleições fraudelentas que o povo egípcio se revolta; por acaso eles suspenderiam esta revolta com novas eleições? Não sei. Só sei que estamos precisando de uma dessas por aqui, talvez por todo este planeta.
A história mostra que o revoltado de hoje pode ser o opressor de amanhã, pois, as pessoas costumam se indignar com seus próprios problemas, ou seja, quando você não tem mais problemas consigo mesmo, passa a acreditar que o problema alheio atrapalhará sua vida tranquila. Quer exemplos: nosso grande jornalista crítico Arnaldo Jabour que foi militante durante a ditadura militar brasileira, proptesta contra qualquer revolta violenta popular, ou seja, hoje os seus problemas acabaram e ele tende a ser um água morna, "fala mas não faz". Ou seja, quando o povo cansa de ouvir suas histórias e decide fazer história com as próprias mãos, ele acha que é um atentado à democracia.
Ora bolas, as mudanças ña história nunca ocorreram com palavras, mas com atos, e acredito eu que a imprensa não deveria sufocar os atos da população.
Fato é que esta revolta egípcia é insatisfação contra os maus exemplos dos seus governantes, contra o abuso, a falta de moral e de ética e sobretudo a falta de amor ao ser humano.
Não creio que esta será a última revolta popular deste ano. Acredito sim que veremos estas sempre e cada vez com mais intensidade.
Ou seja, para um mundo melhor, faça da indignação e da dor do seu semelhante a sua própria dor e a sua própria indignação.
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